quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Linguagem C - Origens, uso e filosofia

A linguagem C foi implementada primeiramente por Dennis Ritchie em um DEC PDP-11 que utilizava o sistema operacional UNIX.

PDP-11
Com a popularidade dos microcomputadores, um grande numero de implementações de C foi criado. os códigos-fonte eram altamente compatíveis . Porem, por não existir nenhum padrão, havia discrepâncias. para remediar essa situação, o ANSI ( American National Standards Institute ), estabeleceu em 1983, um comitê para criar um padrão que definiria de uma vez por todas a linguagem C.

Como uma linguagem de médio nível, C permite a manipulação de bits, bytes e endereços. Um código escrito em C é muito portável. Portabilidade significa que é possível adaptar um software escrito para um tipo de computador a outro.


As versões originais de C não realizavam muitos testes de compatibilidade entre um parâmetro de uma função e o argumento usado para chamar a função. No entanto, o padrão ANSI introduziu o conceito de protótipos de funções, que permite que alguns desses erros em potencial sejam mostrados, conforme a intenção do programador.

C é uma linguagem estruturada, tem semelhanças com outras linguagens estruturadas como, ALGOL, Pascal e Modula-2. A característica especial de uma linguagem estruturada é a compartimentalização do código e dos dados. Trata-se da habilidade de uma linguagem seccionar e esconder do resto do programa todas as informações necessárias para se realizar uma tarefa específica. Uma das maneiras de conseguir essa compartimentalização é pelo uso de sub-rotinas que empregam variáveis locais (temporárias). Com o uso de variáveis locais é possível escrever sub-rotinas de forma que os eventos que ocorrem dentro delas não causem nenhuma efeito inesperado nas outras partes do programa.

C é uma linguagem para programadores, foi criada, influenciada, e testada em campo por programadores profissionais, o resultado final é que C dá ao programador o que ele quer: poucas restrições, poucas reclamações, estruturas de blocos, funções isoladas, e um conjunto compacto de palavras-chave.

Inicialmente, C era usada na programação de sistema. um programa de sistema forma uma porção do sistema operacional do computador ou de seus utilitários de suporte. em virtude de sua portabilidade e eficiência, à medida que C cresceu em popularidade, muitos programadores começaram a usá-la para programar todas as tarefas. Cada programador C pode, de acordo com sua própria personalidade, criar e manter uma biblioteca única de funções customizadas, para ser usada em muitos programas diferentes.
Palavras-chave. C - completo e total. p.10

Todo programa em C, consiste em uma ou mais funções. A única função que necessariamente precise estar presente é a denominada main(), que é a primeira função a ser chamada quando a execução do programa começa.

Todo compilador C vem com uma biblioteca C padrão de funções que realizam as tarefas mais comuns. O padrão C ANSI especifica o conjunto mínimo de funções, no entanto, seu compilador provavelmente conterá muitas outras funções.

Um programa em C compilado cria e usa quatro regiões, logicamente distintas na memória, que possuem funções específicas. A primeira região é a memória que contém o código do seu programa. A segunda  é aquela onde as variáveis globais são armazenadas. As duas regiões restantes são a pilha e o heap. A pilha possui o endereço de retorno das chamadas de função, argumentos para funções e variáveis locais. O heap é uma região de memória livre que seu programa pode usar, via funções de alocação dinâmica de C, em aplicações como listas encadeadas e árvores.


REFERÊNCIA:

SCHILDT, H. C, completo e total - 3º edição. São Paulo: Markon Books, 1996.

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